por Guilherme Armando Contrucci
Na quase totalidade das vezes, as crenças são nossas orientadoras de vida. Sem elas, não seria possível estabelecer o modo pelo qual decidimos caminhar pela estrada da vida; como diz o mestre Luiz Carlos Kozlowski “os valores influenciam as decisões que por sua vez influenciam as atitudes”.
Está aí, no baú dos valores, a residência das nossas crenças.
Esses princípios orientadores podem ser vistos como ideias pragmáticas da nossa própria realidade, ou seja, a crença em si, muitas vezes, baseia-se em nossas ações, mesmo que não representem aquilo que acreditamos ser a verdade.
Bastante complexo, assim como é a mente do do homem atual.
Nesse sentido, as crenças em relação à saúde demonstram o quanto podemos ter mais ou menos longevidade e qualidade de vida, uma vez que diversas experiências científicas e acadêmicas comprovaram que aquilo que acreditamos a respeito da nossa saúde pode ter mais influência do que as avaliações objetivas da saúde. As experiências mostram que muitas pessoas com problemas crônicos de saúde acreditam ter mais saúde que outras com simples rinites ou resfriados frequentes.
“A sua maneira de definir a saúde afeta a sua opinião sobre a própria saúde. O quanto você acredita ser saudável afeta a duração do seu tempo de vida”, dizem os especialista Joseph O’ Connor e Iam McDermott.
Esses princípios norteadores, ou crenças, quando comunicadas corretamente na denominada “comunicação intrapessoal” (nossa própria comunicação interna), podem nos levar a resultados positivos enquanto pronunciamos palavras e expressões realistas e esperançosas, ou podem levar a nossa mente decidir que os nossos problemas de saúde são maiores do que os próprios diagnósticos da medicina objetiva. Saúde é um conceito positivo, relacionado com a nossa capacidade de viver e fazer, os nossos hábitos e como apreciamos o que vivemos e fazemos. Muito diferente do que prega a Organização Mundial de Saúde (OMS) que a saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo.
Considerando que as crenças vem do controle dos fatores e emoções internas do homem, uma vez que não temos como controlar os eventos externos, em sua maioria não dependem de nós, de nada adianta, portanto, querermos impressionar e controlar o mundo exterior pois essas atitudes e necessidades afetam diretamente a saúde humana, especialmente com o aparecimento das patologias psicossomáticas, como o estresse e tensões físicas / mentais, denominadas de “estresse de poder” segundo McClelland em “Stressed power motivation…”.
Uma vez que temos tudo dentro de nós para que alcancemos o sucesso e a plena saúde, a aplicação de metodologias que busquem resgatar essas ferramentas e “remédios” são cada vez mais praticadas atualmente. Os centros e institutos que ensinam e promovem vivências de comunicação assertiva, autoconhecimento, autocura, meditação e terapias complementares, estão mostrando que a busca pelo equilíbrio corpo-mente-emoções é cada vez mais prioritária no tempo e espaço em que vivemos.