Inteligência Artificial / Redes Neurais e o AlphaGo (programa de computador que joga o jogo de tabuleiro Go)

Assista o Filme Completo Legendado em:

AlphaGo é um programa de computador que joga o jogo de tabuleiro Go. Foi desenvolvido pela DeepMind Technologies, que mais tarde foi adquirida pelo Google. As versões subsequentes do AlphaGo tornaram-se cada vez mais poderosas, incluindo uma versão que competia com o nome de Master.

Depois de se aposentar do jogo competitivo, AlphaGo Master foi sucedido por uma versão ainda mais poderosa conhecida como AlphaGo Zero, que foi completamente autodidata, sem aprender com jogos humanos. AlphaGo Zero foi então generalizado em um programa conhecido como AlphaZero, que jogava jogos adicionais, incluindo Xadrez e Shogi. AlphaZero, por sua vez, foi sucedido por um programa conhecido como MuZero, que aprende sem ser ensinado as regras.

AlphaGo e seus sucessores usam um algoritmo de busca em árvore Monte Carlo para encontrar seus movimentos com base no conhecimento previamente adquirido por aprendizado de máquina, especificamente por uma rede neural artificial (um método de aprendizado profundo) por meio de treinamento extensivo, tanto do jogo humano quanto do computador. Uma rede neural é treinada para identificar os melhores movimentos e as porcentagens de vitória desses movimentos. Essa rede neural melhora a força da busca em árvore, resultando em uma seleção de movimento mais forte na próxima iteração.

Em outubro de 2015, em uma partida contra Fan Hui, o AlphaGo original tornou-se o primeiro programa de computador Go a derrotar um jogador profissional de Go humano, sem handicaps em um tabuleiro 19×19 de tamanho normal. Em março de 2016, ele derrotou Lee Sedol em uma partida de cinco jogos, a primeira vez em que um programa de computador Go derrotou um profissional de 9 dan sem handicap.

Embora tenha perdido para Lee Sedol no quarto game, Lee renunciou no jogo final, dando um placar final de 4 jogos a 1 a favor do AlphaGo. Em reconhecimento à vitória, AlphaGo foi premiado com um 9-dan honorário da Associação de Baduk da Coreia. A preparação e o desafio com Lee Sedol foram documentados em um documentário também intitulado AlphaGo, dirigido por Greg Kohs. A vitória do AlphaGo foi escolhida pela revista científica Science como uma das vice-campeãs do Breakthrough of the Year em 22 de dezembro de 2016.

No Future of Go Summit 2017, a versão Master do AlphaGo derrotou Ke Jie, o jogador número um do mundo na época, em uma partida de três jogos, após o qual o AlphaGo foi premiado com um 9-dan profissional pela Associação Weiqi Chinesa.

Após a partida entre AlphaGo e Ke Jie, a DeepMind aposentou AlphaGo, enquanto continuava a pesquisa de IA em outras áreas.[12] O autodidata AlphaGo Zero alcançou uma vitória de 100-0 contra a versão competitiva inicial de AlphaGo, e seu sucessor AlphaZero é atualmente considerado o melhor jogador do mundo de Go, bem como possivelmente de xadrez.[13][14]

História

O jogo Go é considerado muito mais difícil para os computadores vencerem do que outros jogos, como o xadrez, porque seu fator de ramificação muito maior torna proibitivamente difícil o uso de métodos tradicionais de IA, como poda alfa-beta, travessia de árvore e pesquisa heurística.

Quase duas décadas depois que o computador da IBM Deep Blue derrotou o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov na partida de 1997, os programas Go mais fortes usando técnicas de inteligência artificial atingiram apenas o nível amador de 5 dan e ainda não podiam vencer um jogador profissional de Go sem um handicap. Em 2012, o programa de software Zen, rodando em um cluster de quatro PCs, venceu Masaki Takemiya (9p) duas vezes em handicaps de cinco e quatro pedras. Em 2013, Crazy Stone venceu Yoshio Ishida (9p) em uma desvantagem de quatro pedras.

De acordo com David Silver, da DeepMind, o projeto de pesquisa AlphaGo foi formado por volta de 2014 para testar o quão bem uma rede neural usando aprendizado profundo pode competir no jogo Go. AlphaGo representa uma melhoria significativa em relação aos programas Go anteriores. Em 500 jogos contra outros programas Go disponíveis, incluindo Crazy Stone e Zen, AlphaGo rodando em um único computador venceu todos exceto um. Em um confronto semelhante, AlphaGo rodando em vários computadores venceu todos os 500 jogos disputados contra outros programas Go, e 77% dos jogos jogados contra AlphaGo rodando em um único computador. A versão distribuída em outubro de 2015 usava 1.202 CPUs e 176 GPUs.

Jogo contra Fan Hui

Em outubro de 2015, a versão distribuída de AlphaGo derrotou o campeão europeu de Go Fan Hui, um profissional de 2 dan (de 9 dan possíveis), de cinco a zero. Esta foi a primeira vez que um programa de computador Go derrotou um jogador humano profissional em uma placa de tamanho normal sem deficiência. O anúncio da notícia foi adiado até 27 de janeiro de 2016 para coincidir com a publicação de um artigo na revista Nature descrevendo os algoritmos usados.

Jogo contra Lee Sedol

O AlphaGo enfrentou o jogador profissional de Go sul-coreano Lee Sedol, classificado com 9-dan, um dos melhores jogadores de Go, com cinco jogos ocorrendo no Four Seasons Hotel em Seul, Coreia do Sul em 9, 10, 12, 13 e 15 de março de 2016, que foram transmitidos por vídeo ao vivo. Dos cinco jogos, AlphaGo venceu quatro e Lee venceu o quarto jogo, o que o tornou o único jogador humano que venceu AlphaGo em todos os seus 74 jogos oficiais. AlphaGo rodou na computação em nuvem do Google com seus servidores localizados nos Estados Unidos. A partida usou as regras chinesas com um komi de 7,5 pontos, e cada lado teve duas horas de tempo para pensar mais três períodos de byoyomi de 60 segundos. A versão de AlphaGo jogando contra Lee usou uma quantidade semelhante de poder de computação que foi usado na partida de Fan Hui. The Economist relatou que ele usou 1.920 CPUs e 280 GPUs. No momento do jogo, Lee Sedol tinha o segundo maior número de vitórias em campeonatos internacionais Go no mundo, depois do sul-coreano Lee Changho, que manteve o título mundial por 16 anos. Como não existe um único método oficial de classificação no Go internacional, as classificações podem variar entre as fontes. Embora às vezes fosse o melhor classificado, algumas fontes classificaram Lee Sedol como o quarto melhor jogador do mundo na época.

O prêmio da partida foi de US$ 1 milhão. Visto que AlphaGo venceu quatro de cinco e, portanto, a série, o prêmio será doado a instituições de caridade, incluindo a UNICEF. Lee Sedol recebeu $150.000 por participar de todos os cinco jogos e $20.000 adicionais por sua vitória no Jogo 4.

Algoritmo

A partir de 2016, o algoritmo do AlphaGo usa uma combinação de técnicas de aprendizado de máquina e de busca em árvore, combinadas com um treinamento extensivo, tanto de jogo humano quanto de computador. Ele usa a pesquisa em árvore Monte Carlo, guiada por uma “rede de valor” e uma “rede de políticas”, ambas implementadas usando tecnologia de aprendizagem profunda. Uma quantidade limitada de pré-processamento de detecção de recurso específico do jogo (por exemplo, para destacar se um movimento corresponde a um padrão nakade) é aplicada à entrada antes de ser enviada para as redes neurais.

Estilo de jogo

Toby Manning, o árbitro da partida para AlphaGo vs. Fan Hui descreveu o estilo de jogo do programa como “conservador”. O estilo de jogo do AlphaGo favorece fortemente uma maior probabilidade de ganhar por menos pontos em relação à menor probabilidade de ganhar por mais pontos. Sua estratégia de maximizar sua probabilidade de vitória é diferente da que os jogadores humanos tendem a fazer, que é maximizar os ganhos territoriais, e explica alguns de seus movimentos estranhos.

Respostas à vitória de 2016


Comunidade de IA

A vitória da AlphaGo em março de 2016 foi um marco importante na pesquisa de inteligência artificial. O Go já havia sido considerado um problema difícil no aprendizado de máquina, que deveria estar fora do alcance da tecnologia da época. A maioria dos especialistas achava que um programa Go tão poderoso quanto AlphaGo estava a pelo menos cinco anos de distância. Alguns especialistas pensaram que levaria pelo menos mais uma década antes que os computadores derrotassem os campeões de Go. A maioria dos observadores no início das partidas de 2016 esperava que Lee derrotasse o AlphaGo.

Comunidade Go

Go é um jogo popular na China, Japão e Coreia, e as partidas de 2016 foram assistidas por talvez cem milhões de pessoas em todo o mundo. Muitos dos melhores jogadores de Go caracterizaram as jogadas pouco ortodoxas de AlphaGo como movimentos aparentemente questionáveis que inicialmente confundiram os espectadores, mas faziam sentido em retrospectiva: “Todos, exceto os melhores jogadores de Go, criam seu estilo imitando os melhores jogadores. AlphaGo parece ter movimentos totalmente originais que ele mesmo cria.”

Sistemas semelhantes

O Facebook também está trabalhando em seu próprio sistema de Go, Darkforest, também baseado na combinação de aprendizado de máquina e pesquisa de árvore Monte Carlo. Embora um jogador forte contra outros programas de computador Go, no início de 2016, ainda não havia derrotado um jogador profissional humano. Darkforest perdeu para CrazyStone e Zen e estima-se que tenha capacidade semelhante à deles.

Um artigo de 2018 na Nature citou a abordagem do AlphaGo como a base para um novo meio de calcular moléculas de potenciais medicamentos farmacêuticos.

Fontes de pesquisa:

Wikipedia | AlphaGoMovie.Com | Imagens da Internet

Perfil Psicológico dos Eleitores e a sua Preguiça Cognitiva

Nesse momento tão importante pelo qual estamos passando – eleições, política e futuro social, defendo o dogma que são três os pilares essenciais para que a sociedade, como um todo, consiga dar direção correta na jornada da busca pela sobrevivência e a qualidade de vida.

Os três pilares são: O conhecimento, a comunicação e a arte.

As consequências sociais e psicológicas em tempos críticos, cujo temor e a desagregação sociais, além dos novos atores sociais (do bem e do mal) são mais que reconhecidas por quase todos.

Vivemos simplificando nossos valores de vida pois temos que tomar escolhas a todo momento, e atualmente no campo da política e sociologia. Somos conduzidos a seguir as bases de crenças seculares, em que o tempo-arte clama pelo rompimento dos paradigmas.

Escolhi duas pequenas aulas sobre os perfis psicológicos das pessoas, quando o assunto é política e sociologia, no momento da escolha partidária e política – as tendências para um lado e para o outro lado.

O primeiro vídeo é do psicólogo clínico Luiz Alberto Hanns que propõe olhar do centro para traçar o perfil psicológico de quem se identifica mais às ideias de esquerda e mais às de direita.

Ele cita um estudo psicológicos e da neurociência realizado por Jonathan Haidt (1963) que afirma serem cinco fontes preferenciais pela escolha de um candidato: (1) Compaixão, (2) Justiça, (3) Pertencimento / Identidade, (4) Respeito / Autoridade / Ordem e (5) Virtude / Pureza.

O segundo vídeo que escolhi é do professor e psicanalista Christian Dunker que explica porque a polarização simplifica o pensamento político e, apesar de compreensível, não passa de preguiça cognitiva.

Ele cita o Maniqueísmo que reduz a experiência da subjetividade no tempo, segundo Santo Agostinho. O tema central é Marxismo Cultural x a Nova Direita: de que lado você está?

Desejo saúde e paz!

Nota:

Ambos os créditos foram extraídos do excelente canal Casa do Saber:
“Ciência, cinema, artes, filosofia, história, religião, psicologia. Pensadores famosos, que agora você pode assistir quando e onde quiser! Ideias para você pensar um mundo que muda todo dia. Inscreva-se no canal. Vídeos novos às segundas, terças e quintas, às 18h.

Os 4 Tipos de Julgamento

Huberto Rohden (1893 – 1981) dizia que o julgamento é uma atitude daqueles que carregam consigo muitas frustrações existenciais, o mal da humanidade. Nas escrituras dos cristãos, quem julga o próximo, está condenando a si próprio; pois quem julga o outro acaba fazendo coisa pior.

É certo que, de algum modo, o julgamento está presente em nossas vidas, muitas vezes o fazemos sem perceber, achando que estamos apenas avaliando um fato ou alguém mas que, a rigor, é a mesma coisa.

Interessante notar parecer um padrão que o julgamento se dê por quatro razões claras e distintas. Essas razões não são um manual ou uma receita, são apenas impressões da vida real, e também visões de pessoas notáveis, como por exemplo o Dr. Lair Ribeiro.

Somos julgados, então, nessas quatro situações:

1 – O que fazemos,

2 – Como nos apresentamos,

3 – O que falamos, e

4 – Como falamos aquilo que falamos.

Sempre que estamos conhecendo alguém, seja no âmbito profissional ou pessoal, é fato que a primeira (ou segunda ) pergunta que nos fazem é justamente: “o que você faz?” Seja qual for a sua atividade, o julgamento está presente. Se a pessoa é, por exemplo, um coveiro ou um astronauta, um advogado ou um catador de lixos, o julgamento está presente. É claro que não menciono aqui as questões subjetivas, ou seja, um coveiro pode ser mais digno ou feliz do que o astronauta do exemplo. Mas o julgamento existe.

Como nos apresentamos é o segundo tipo de julgamento. Por exemplo, se a pessoa é um vendedor de uma loja de automóveis e está trajando um smoking, ele causará estranheza em todos – está bem vestido, elegante, mas inadequadamente com a sua atividade ou com o local. E assim se dão os julgamentos, quando o tema são as aparências.

Aquilo que falamos, a nossa comunicação verbal (falada ou escrita), é o terceiro tópico dos julgamentos. Nossas visões e valores são colocados à prova na medida em que nos expressamos, revelando como pensamos ou vemos a vida como um todo. A comunicação digital, essa tecnologia que deu um salto de qualidade e mudou o comportamento das pessoas e empresas, está revelando os valores e visões de mundo das pessoas. Antes, aquilo que se falava em bares ou roda de amigos, atualmente é conhecido por milhões de pessoas em todo planeta. Sempre cito o professor Conrado Adolpho (Google Marketing) que diz: “O que entra na internet nunca mais sai”. Portanto, cautela é bom antes de publicar qualquer pensamento.

E o quarto ponto, para mim o mais importante, é “como falamos aquilo que falamos (ou escrevemos)”. A responsabilidade pela boa comunicação é sempre do emissor, tenha isso em mente. Expressões como “você não está entendendo” pode ser substituída por “vou explicar melhor”, por exemplo. Trata-se, nesse caso, de uma comunicação assertiva e terapêutica. Podemos falar qualquer coisa de várias maneiras, sem contar o repertório do emissor, o meio e a forma. O objetivo deve ser alcançado (assertividade) seja para o bem ou para o mal.

Portanto, comecemos a dar mais atenção na forma como falamos aquilo que pretendemos comunicar. O mestre Aryeh diz: “O Sutil domina o Denso”.

O Melhor do Fanatismo Informático

Por: Softonic.com.br

Antes de decidir deixar nossa vida nas mãos de uma única companhia, é bom colocar na balança suas virtudes e seus defeitos.

Pacotes do tipo “tudo incluído” transformaram-se em modelo padrão no mercado de internet. Importantes companhias criaram ecossistemas que contam com hardware, software e serviços que satisfazem todas as necessidades dos usuários. Essas ofertas crescem cada vez mais, inclusive em ambientes inéditos até o momento, tais como casas, eletrodomésticos e carros.

Os protagonistas desta tendência são o Google, a Apple e a Microsoft. Cada um deles criou um universo de serviços que abarcam todos os âmbitos da vida e do qual não é preciso sair em nenhum momento. Tudo funciona em harmonia como se fosse uma engrenagem bem calibrada.

No entanto, este cenário tem vantagens e desvantagens. Antes de confiar toda a nossa vida digital a apenas uma companhia, é melhor conhecer as consequências e possíveis contraindicações desse feito, como indica a revista digital The Verge neste artigo.

Mas comecemos pelas indiscutíveis vantagens que oferecem.

Tenho tudo e tudo funciona


Um ecossistema pode ser definido como um conjunto de aplicativos e serviços intimamente conectados entre si, que oferecem todas as ferramentas necessárias para satisfazer as necessidades digitais dos usuários.

O Google, por exemplo, conta com um sistema operacional para smartphones (Android), outro para computadores (Chrome OS) e uma série de serviços que englobam e-mail, armazenamento online, rede social , blogs, aplicativos de produtividade, gestão de fotos, chat e mapas… A lista é quase infinita.

Com o mesmo nome de usuário você pode acessar todos os serviços disponíveis. É possível publicar no Google+ o resultado de uma busca no Google Maps com poucos cliques, ou mesmo tocar um botão e ler notícias sobre um lugar que você acaba de achar com o buscador.

Google controla tudo

Claro, um fator-chave dos ecossistemas é a sincronização. Por exemplo, se você adicionar um contato à agenda do PC, ele também aparecerá na agenda do telefone. Ou se fizer uma foto com seu smartphone, também poderá vê-la no desktop alguns segundos depois.

Em suma, um ecossistema torna a vida mais fácil graças a serviços que, de forma mais ou menos automática, relacionam todos os componentes de sua vida tecnológica, facilitando seu funcionamento e sua conectividade.

Prisioneiro na sua própria casa


Outro ponto de vista para julgar um ecossistema é menos nobre: a jaula de ouro.

Estes universos multicoloridos conhecidos como “ecossistemas” estendem o tapete vermelho para recebê-lo e convencê-lo de que seja um de seus cidadãos, facilitando a mudança entre seu velho e tedioso país digital até o fantástico reino de 64 bits e milhões de cores.

Mas e se você quiser voltar atrás? Desta vez, usaremos como exemplo o ecossistema da Apple. Os serviços de sincronização entre dispositivos e de cópia de segurança do iCloud são muito úteis e fáceis de usar, considerando-se que você não precisa fazer nenhum esforço.

Porém, se decidir abandonar a companhia de Cupertino e passar do iPhone para o Android ou do Mac para o PC ou Linux, levar todas as suas informações digitais com você é complicado. Dá para transferir seus dados e cópias de segurança de uma plataforma à outra? E as fotos do Photo Streaming? É possível mover os documentos do iWork salvos no iCloud para o Google Drive?

As respostas a estas perguntas são “nem” ou “não”. Quer dizer, você pode fazê-lo, mas o processo costuma ser complicado e impreciso. Isso se deve ao fato de que, por sua própria natureza, nenhum ecossistema deseja perder seus usuários, dificultando ao máximo a saída para desestimular os desertores.Mac and ball small

Um pequeno exemplo: transferir seus SMSs e contatos do iPhone para o Android não é um processo excessivamente complexo, mas sim é suficiente para desanimar um novato.

O mesmo acontece com o Photo Stream da Apple: teoricamente, depois de passar do iPhone para o Android, existe uma forma de continuar usando o serviço de sincronização de fotos, mas não é simples. Explicaremos esta maneira em um artigo que será publicado em algumas semanas.

Moral da história: se você cair totalmente nos braços de um ecossistema, mudar de ideia pode gerar dores de cabeça no futuro.

O essencial é (quase) invisível aos olhos


Em geral, os usuários não são plenamente conscientes de todos os mecanismos que regulam um ecossistema. Os serviços grátis, na verdade, têm um preço especial. Com frequência, este aparece nas condições de uso dos serviços – documentos longos, chatos e difíceis de entender, mas que estão cheios de informações fundamentais.

Apesar das discussões recorrentes sobre a intromissão das companhias na privacidade das pessoas, a maioria utiliza serviços grátis sem questionar. Mas, como dizem, “quando algo é grátis, o produto é você”, os bens mais buscados nesta fase da história digital do Ocidente são os dados dos usuários.

Ao usar um serviço inocente como, por exemplo, o Google Maps, nem sempre é fácil estar consciente de tudo o que a companhia sabe sobre você. E aqui é justamente onde entra o ecossistema.

Se o Google pode ver (porque você permite que o faça) que sua agenda tem os números telefônicos de quatro restaurantes árabes; se também determina, por meio de suas publicações, do GPS e do serviço de mapas (tudo o que oferece gratuitamente), que você passa todas as noites em um certo lugar que provavelmente seja a sua casa; será muito fácil para a empresa “vender” seu correio eletrônico (outro serviço grátis) a uma cadeia de restaurantes de comida síria. Esta sabe o quanto é provável que seu e-mail marketing faça efeito, garantindo o investimento com uma relação custo/benefício extremamente favorável. Além disso, o Google recebe uma verba bastante atraente graças a você.

É um exemplo insignificante que nos faz ter uma ideia de como funcionam os mecanismos do sistema. Conhecê-los ajudará você a ser mais consciente das consequências de utilizar certos serviços e a tomar uma decisão com mais liberdade.

Escolher conscientemente


Devemos ser claros: confiar totalmente em um ecossistema é uma das opções. Também existem serviços que não estão incluídos entre os anteriores e que são mais universais, o que faz com que não apresentem os problemas mencionados.

Se deseja publicar automaticamente na nuvem as fotos que faz com o celular, em vez de usar o serviço iCloud ou o Google Drive, poderia usar o Dropbox. É um programa multiplataforma que, no caso de você decidir “mudar de lado”, não exigirá nenhum tipo de migração.

Este tipo de opções pode resultar, em certos casos, em um mínimo de esforço extra, já que um dos pontos-chave dos ecossistemas é a automatização – o que nos acostumou a ser muito preguiçosos. Mas fazê-lo poderia valer a pena.

O mais importante é escolher com consciência, como se você estivesse elegendo uma companhia para o seguro do carro ou uma casa para viver com a família.

FAKE NEWS e o prejuízo de uma sociedade

FAKE NEWS

Os robôs foram criados em 2013, por ocasião dos blackblocs.

Fortaleceram-se muito para tirar um partido antes das eleições,e potencializaram-se em 2018 por conta das últimas eleições.

Em 2016, um grupo de executivos financeiros jovens esteve na sede do Google no Itaim Bibi em São Paulo, para entender qual é o processo para monetizar seus canais, e tornar as publicações virais, sejam verdadeiras ou falsas.

Segundo os jornalistas Rodrigo Ghedin, Tatiana Dias e Paulo Victor Ribeiro, “o grupo de seis blogueiros políticos se reuniu na sede do Google Brasil no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, em julho de 2016. Convidados pela empresa, a maioria saiu de Minas Gerais para receber orientações sobre como aumentar seus ganhos com o AdSense, o programa do Google de “aluguel” de publicidade em sites. No encontro, um funcionário da empresa teria aberto uma planilha com um case de sucesso para inspirá-los: o site de direita O Antagonista, que receberia milhares de dólares com anúncios.

Em seguida, os blogueiros receberam dicas de otimização e sugestões de temas que renderiam mais dinheiro no AdSense.

Embora o Google não tenha sido explícito a esse respeito, o grupo saiu de lá certo de que uma agenda contra o PT e a presidente da República, Dilma Rousseff, era o caminho para ganhar muito dinheiro. Funcionou. Em agosto de 2016, mês seguinte ao encontro, derradeiro para o impeachment, o faturamento de um dos blogs passou de R$25 mil”, dizem os jornalistas.

A criação disso tudo é barata, ou seja, um domínio do Registro.BR + Hospedagem + Criação de Canal no Youtube + Site / Blog;

Isso tudo não custa mais que R$ 40,00 mensais.

Mas a chave do sucesso, o principal, é ter uma web audiência que compartilhe “para todos os seus grupos”, as notícias fabricadas.

Esses soldados do bem, pessoas de boa-fé acham que estão prestando um bom serviço, compartilhando informações importantes.

O Google mostrou para esses executivos que as frase de efeito são fundamentais: ISSO A GLOBO NÃO MOSTRA, ESPALHEM O MÁXIMO POSSÍVEL, VAZOU NA INTERNET, SE VOCÊ É BRASILEIRO COMPARTILHE, URGENTE: REVELADA A VERDADE SOBRE O ESCÂNDALO….,ou ainda O FACEBOOK / TWITTER / YOUTUBE TIRARAM DO AR A NOTICIA, ENTÃO COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS.

Eu digo sempre nos eventos sobre comunicação, que tenho oportunidade de participar, que não são as redes sociais as responsáveis por essa calamidade. Elas são veículos que hospedam conteúdo, e por não serem mídias profissionais de comunicação, salvo pequenas exceções, não se responsabilizam pelo conteúdo.

Em verdade, aquilo que se falava “nos botecos da vida” é público e de fácil acesso. As redes sociais escancararam os verdadeiros valores e visão de mundo, ética e compaixão, cidadania e solidariedade das pessoas.

Meus colegas Tagil Ramos (Twitter, Chiclete e Camisinha) e Conrado Adolpho (Google Marketing) deixaram um ensinamento: O que entra na Web, nunca mais sai.

É por essa razão que o ministro da justiça não determinou ao Telegram (e constitucionalmente poderia tê-lo feito) que mostrasse se, de fato, as suas conversas com os procuradores, eram montagem ou não.

Não há como negar que foram verdadeiras.

Nesse mérito, a sua exposição deve ser condenável por aqueles que a fizeram, entretanto, divulgar prontuário médico, como se está fazendo atualmente, também é crime – o pau que bate em Francisco tem que bater em Chico também.

Portanto, meus caros colegas do Facebook, se nós não nos comportarmos nas redes sociais da mesma maneira que o fazemos na vida presencial, então somos duas personalidades totalmente distintas e desconectadas com a realidade da vida.

Abraços à todos!

Crenças, Saúde e a Comunicação

por Guilherme Armando Contrucci

Na quase totalidade das vezes, as crenças são nossas orientadoras de vida. Sem elas, não seria possível estabelecer o modo pelo qual decidimos caminhar pela estrada da vida; como diz o mestre Luiz Carlos Kozlowski “os valores influenciam as decisões que por sua vez influenciam as atitudes”.

Está aí, no baú dos valores, a residência das nossas crenças.

Esses princípios orientadores podem ser vistos como ideias pragmáticas da nossa própria realidade, ou seja, a crença em si, muitas vezes, baseia-se em nossas ações, mesmo que não representem aquilo que acreditamos ser a verdade.

Bastante complexo, assim como é a mente do do homem atual.

Nesse sentido, as crenças em relação à saúde demonstram o quanto podemos ter mais ou menos longevidade e qualidade de vida, uma vez que diversas experiências científicas e acadêmicas comprovaram que aquilo que acreditamos a respeito da nossa saúde pode ter mais influência do que as avaliações objetivas da saúde. As experiências mostram que muitas pessoas com problemas crônicos de saúde acreditam ter mais saúde que outras com simples rinites ou resfriados frequentes.

“A sua maneira de definir a saúde afeta a sua opinião sobre a própria saúde. O quanto você acredita ser saudável afeta a duração do seu tempo de vida”, dizem os especialista Joseph O’ Connor e Iam McDermott.

Esses princípios norteadores, ou crenças, quando comunicadas corretamente na denominada  “comunicação intrapessoal” (nossa própria comunicação interna), podem nos levar a resultados positivos enquanto pronunciamos palavras e expressões realistas e esperançosas, ou podem levar a nossa mente decidir que os nossos problemas de saúde são maiores do que os próprios diagnósticos da medicina objetiva.  Saúde é um conceito positivo, relacionado com a nossa capacidade de viver e fazer, os nossos hábitos e como apreciamos o que vivemos e fazemos. Muito diferente do que prega a Organização Mundial de Saúde (OMS) que a saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo.

Considerando que as crenças vem do controle dos fatores e emoções internas do homem, uma vez que não temos como controlar os eventos externos, em sua maioria não dependem de nós, de nada adianta, portanto, querermos impressionar e controlar o mundo exterior pois essas atitudes e necessidades afetam diretamente a saúde humana, especialmente com o aparecimento das patologias psicossomáticas, como o estresse e tensões físicas / mentais, denominadas de “estresse de poder” segundo McClelland em “Stressed power motivation…”.

Uma vez que temos tudo dentro de nós para que alcancemos o sucesso e a plena saúde, a aplicação de metodologias que busquem resgatar essas ferramentas e “remédios” são cada vez mais praticadas atualmente. Os centros e institutos que ensinam e promovem vivências de comunicação assertiva, autoconhecimento, autocura, meditação e terapias complementares, estão mostrando que a busca pelo equilíbrio corpo-mente-emoções é cada vez mais prioritária no tempo e espaço em que vivemos.

A Linguagem do Corpo na Comunicação

por Guilherme Armando Contrucci

O famoso seriado Lie To Me (Engana-me se Puder), protagonizado pelo ator Tim Roth, que interpreta o Dr. Cal Lightman (baseia-se no personagem real Paul Ekman), sendo exibido no Brasil pelo canal FOX Brasil desde 2009, mostra que é possível detectar fraudes e mentiras em todas as pessoas, especialmente naqueles que estão sendo investigados por delitos e crimes de toda espécie, através de técnicas comportamentais e estudos da linguagem e expressões do corpo humano.

No seriado, o Dr. Cal e sua assistente Dra. Gillian Foster (Kelli Williams) observam atentamente as micro expressões faciais das pessoas, além das expressões corporais que mencionei acima, dando subsídios técnicos para que a justiça possa tomar decisões mais assertivas quando o assunto é a condenação, ou não, de possíveis infratores ou criminosos.

Na comunicação intrapessoal, não só os sinais corporais e as tais expressões do rosto podem ser grandes aliados na persuasão e no convencimento, mas também outras percepções sutis são grandes aliados quando o assunto é a boa prática da comunicação, ou as negociações profissionais, incluindo aqui as práticas educativas entre pais e filhos ou professores e alunos no processo ensino – aprendizagem.

O best-seller de Roland Tompakow e Pierre Weil, O Corpo Fala (1973), mostra que centenas de movimentos e expressões corporais inconscientes, como por exemplo sentar com as penas abertas demais ou cruzadas, sorrir durante uma conversa, virar o pé esquerdo, virar as palmas das mãos para cima ou para baixo, cruzar os braços,colocar a mão no queixo e outros movimentos e gestos, são significados objetivos, embora inconscientes, que podem ser interpretados de modo benéfico ou elucidativo para todos que estiverem ouvindo a mensagem, no caso denominados receptores da comunicação interpessoal.

Não estarão aí as causas das “simpatias ou antipatias” que percebemos nas pessoas logo nos primeiros encontros, principalmente assim que elas começam a se comunicar? Lembram que escrevi sobre as quatro atitudes pelas quais uma pessoa é julgada, sendo que uma delas é “como falamos o que falamos”, usando teorias do Dr. Lair Ribeiro? Pois bem, as expressões corporais apontam imediatamente quando a nossa comunicação é bem aceita pelos receptores, alunos ou filhos, e como podemos fazer para transformar os ruídos da comunicação e mensagens agradáveis e de fácil entendimento; ou até se devemos interromper aquilo que estamos falando, contando, apresentando ou vendendo.

Por exemplo:

Observe os pés de um casal e veja que, quando sentados, ou de frente um para o outros, os pés deles apontam-se mutuamente, significando grande harmonia e entendimento. A mão esquerda da mulher, se estiver presa ao homem, pode significar um pedido de proteção, uma vez que a mão esquerda é a mão do sentimento e da emoção. Por outro lado, a mão direita do homem, a mão da proteção e acolhimento, pode mostrar que ele protege ou domina a mulher, quando no corpo dela está sua mão encostada.

Outro exemplo, é uma técnica para criar diálogo e relação de confiança com a outra pessoa, chamado de “espelhamento”, ou seja, imitar o comportamento do outro de forma sutil. Dessa forma, pode existir uma relação de reconhecimento no emissor da comunicação. Quando assumimos essa mesma posição fisiológica, estamos dizendo que “sou igual a você”.

Muitas escolas de comunicação pecam por ensinarem apenas as técnicas para formatar e juntar palavras e expressões, dando bastante ênfase ao quesito conteúdo, mas esquecem de dar atenção aos principais elementos que são a expressão corporal e o tom de voz.

Conhecendo algumas técnicas e sabendo analisar as posturas, todos podem se beneficiar desses conhecimentos.

Comunicação é uma arte!